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Projeto Hidrossanitário e de Drenagem: os 7 erros mais comuns

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Projeto Hidrossanitário e de Drenagem: os 7 erros mais comuns

Você já deve ter escutado várias vezes sobre a importância de bons projetos para evitar problemas na obra, né? Com o projeto hidrossanitário e de drenagem não é diferente! Equipe de execução da obra que não abre o projeto, peças e conexões faltando, furos que precisam ser feitos depois da estrutura finalizada, são só alguns exemplos que, infelizmente, são recorrentes em muitas obras. 

De acordo com dados da pesquisa Cenário Construtivo Brasileiro 2020, infiltrações, fissuras e vazamentos de água são as principais causas de assistência pós-obra. Recentemente, te explicamos aqui no blog, que uma excelente aliada para isso é a impermeabilização, mas não podemos esquecer do que é a raiz do problema, o projeto hidrossanitário e de drenagem! 

Para evitar que você enfrente essas situações e tenha prejuízos ou atrasos em seus prazos, listamos aqui embaixo os sete erros mais comuns na fase de projetos, que podem ser evitados! 

 

Projeto hidrossanitário e de drenagem realizados com versões desatualizadas da estrutura ou arquitetura

No caso de projetos maiores ou complexos, é muito comum várias pessoas estarem envolvidas no processo. É justamente aí que mora o perigo! Dificuldades de comunicação e de acompanhamento são recorrentes e sempre um grande desafio. 

Então, para garantir que todas as solicitações e alterações cheguem ao projeto hidrossanitário e de drenagem de maneira efetiva, determinar um gestor de projetos responsável pela comunicação entre os projetistas é essencial. 

Porém, sabemos que nem sempre é possível reservar a agenda uma pessoa somente para essa função e que, mesmo com ela, ainda sim é possível existir falhas. 

Por isso, determinar processos para a comunicação e atualização dos projetos é um ótimo caminho. Existem alguns softwares e plataformas específicas de gerenciamento que podem te ajudar, ou então, um bom quadro indicando quais as versões e datas dos projetos arquitetônico e estrutural foram utilizados como base do projeto hidrossanitário e de drenagem.

Não existe uma fórmula mágica para resolver falhas de comunicação (infelizmente, né?), então, processos e fluxos bem desenhados e documentados a cada avanço são a melhor escolha para evitar esse problemas. 

 

Ligações de esgoto ou drenagem em área de sobrepressão

Toda tubulação de esgoto ou drenagem escoadas por gravidade, estão sujeitas a áreas de sobrepressão. Elas ocorrem porque o lodo que está escoando leva por arrasto o ar que existe dentro da tubulação. 

No caso de locais onde ocorrem desvios de prumadas, o ar não tem para onde escapar, formando pressões maiores que a pressão atmosférica. Chamamos essas situações de áreas de sobrepressão.

 

Fonte: Thórus Engenharia.

 

Fazer as ligações de esgoto ou drenagem nestas áreas, além de não respeitar a norma, pode ocasionar retorno de esgoto ou água pluvial. Na rede de esgoto o mais comum é o mau cheiro nos ambientes, pois o ar com pressão maior que a atmosférica não tem para onde ir e borbulha nos ralos ou vasos sanitários.

 

Ralos de drenagem subdimensionados na base das fachadas

Durante as chuvas com vento, a chuva “lateral” escoa pela fachada e sobrecarrega os ralos na base da fachada. Essa chuva “adicional” pode ser esquecida no dimensionamento da rede de drenagem e acabar causando pequenos alagamentos nessas regiões. 

Então, se você não quer que a água invada áreas de lazer ou internas, não se esqueça de prever a quantidade adequada de ralos! 

 

Hidrômetros individuais super ou subdimensionados

Os hidrômetros individuais são frequentemente esquecidos pelos projetistas ou são especificados hidrômetros padrões.Esse descuido pode ocasionar perdas de carga excessiva, resultando em falta de pressão dentro dos apartamentos.

Outra possibilidade é o superdimensionamento dos hidrômetros, promovendo aumento no custo do empreendimento desnecessariamente.

 

Especificação errada ou simplificada dos conjuntos motobomba

É comum encontrar especificações simples como: “motobomba de 5cv”. Mas você sabia que a especificação da potência da bomba é insuficiente para a escolha?

Uma motobomba é composta por motor e bomba. O motor normalmente elétrico ou diesel é especificado pela potência, e determina a força máxima que o conjunto vai ter. 

Já a bomba fica conectada ao motor por um eixo e determina se a força fornecida pelo motor vai ser transformada em mais vazão do que pressão, ou em mais pressão do que vazão: a famosa curva da bomba.

Em um edifício alto, por exemplo, não adianta ter uma motobomba de recalque de água da cisterna com uma curva que dê muita vazão, mas não consegue chegar na pressão necessária para jogar essa água até o reservatório superior. Ou mesmo, uma bomba de recalque de drenagem do subsolo, que atende uma pressão elevada, mas não consegue atender a vazão necessária.

 

Esquecer da perda de carga do aquecedor de passagem

Grande parte dos novos aquecedores tiveram sua eficiência energética aumentada, ou seja, gastam menos gás para aquecer a água. Para isso, muitos aquecedores diminuíram o diâmetro das passagens de água, ocasionando um aumento da perda de carga.

Fonte: Thórus Engenharia.

 

Essa perda de carga nos aquecedores ocasiona as baixas pressões nos chuveiros e aumento da variação de vazão quando são ligados ou desligados outros chuveiros ou torneiras.

 

Falta de compatibilização

Hoje temos cada vez mais ferramentas que ajudam na fase de projeto, softwares que facilitam a visualização em três dimensões e ferramentas que fazem a detecção automática de conflitos entre elementos.

Leia mais: Como a tecnologia BIM melhora a compatibilização de projetos

Mas a falta de compatibilização ainda é o principal fator de falhas, não apenas no projeto hidrossanitário e de drenagem, mas em todas as disciplinas. Essas falhas trazem a falta de confiança da equipe de obra, que acabam então não seguindo o projeto.

Quando a equipe de obras não segue o projeto, a chance de mais problemas ocorrerem aumenta. Por isso, é fundamental que o projeto chegue no canteiro bem revisado e adequado ao que é possível de se executar.

Acreditamos que toda obra eficiente começa por um bom projeto, dificilmente um empreendimento com projetos ruins vai terminar no prazo e dentro do orçamento.

Esperamos que estas dicas te ajudem a evitar esses erros no seu projeto e evitar as dores de cabeça! 

E você? Lembra de mais algum erro comum nos projetos hidrossanitários e de drenagem? Vamos adorar contar com a sua contribuição! 

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2 respostas

  1. Acho que um possível problema também seria o dimensionamento incorreto ou inexistente dos ramais de ventilação.. primária e/ou secundária

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