Edifícios inteligentes fazem uso de alta tecnologia que aprimora a interação dos ocupantes com as condições de moradia. Mas, impressionante é a sua capacidade de evoluir à medida que aprendem com as próprias experiências.
Soa meio assustador? De fato, parecem pessoas que tomam decisões e aprimoram essa característica sempre a partir dos dados que coletam e processam permanentemente.
Continue a leitura e aproveite este post que contou com a valiosa contribuição de Gustavo Zolet, proprietário da Neomot Edifícios Inteligentes e veja se você está ligado nessa tendência.
O que são edifícios inteligentes?
Edifícios inteligentes são aqueles que oferecem aos seus ocupantes um ambiente produtivo com economia, segurança e conforto, por meio de soluções integradas. Para esse fim, utilizam, entre outras, fontes alternativas de energia e comunicação entre os diversos sistemas operantes no prédio.
Não se deve confundir a simples automação como um aspecto da “inteligência” de um prédio. Na verdade, é a aplicação que se faz dos processos de automação que caracteriza os edifícios inteligentes, sobretudo o fato dos diversos sistemas estarem interligados, trocando informações e tomando iniciativas.
A tecnologia trouxe a internet das coisas, a inteligência artificial e o big data, para citar algumas das ferramentas que propiciaram uma infinidade de soluções. Mas, uma importante característica dos edifícios inteligentes é a dinâmica de sua evolução em permanente aprimoramento daquilo que já faz bem, isto é, sua capacidade de aprender e fazer melhor.
Assim, pode-se resumir os edifícios inteligentes em estruturas que incorporam sensores, sistemas e interfaces que interagem por meio da internet das coisas. Em razão do grande volume de dados que podem coletar, os smart buildings operam com inteligência artificial processando esses dados, produzindo informações e operando em tempo real.
Por que prestar atenção a essa tendência?
Primeiro, porque esse é o caminho: todo mundo vai despertar sua própria expectativa de residir em um prédio inteligente. E, pela própria natureza do trabalho, cabe aos engenheiros a incorporação desse entendimento e, a partir daí, já desenvolverem seus projetos segundo a concepção de smart buildings, como são conhecidos os edifícios inteligentes.
Depois, quando se fala em economia, conforto e segurança trata-se de tudo o que se quer: gastar menos, de maneira confortável e com soluções seguras. Portanto, esse é o caminho que se dirige para um futuro que já chegou.
Edifícios inteligentes não apenas operam de modo mais eficiente, mas como se viu, aprendem e evoluem fazendo melhor e aumentando seu desempenho. Além disso, a interligação entre prédios inteligentes poderia resolver questões que interessam a todos, como perdas de energia, vazamentos de água ou gás, entre outras.
Isso significa que smart buildings são capazes de contribuir diretamente para o aprimoramento do meio antrópico em que estão instalados. Desse modo, cada vez que aprenderem e melhorarem sua eficiência, podem “socializar” essa informação com outros prédios inteligentes. De todo modo, as possibilidades são inúmeras e a oportunidade está batendo à porta.
Quais os principais diferenciais que apresentam?
Embora a própria definição conceitual do que sejam edifícios inteligentes já sinalize seus principais diferenciais, as vantagens e benefícios oferecidos podem ser explorados com mais detalhes. Alguns se destacam, como se pode ver a seguir.
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Sustentabilidade
As características de sustentabilidade dos smart buildings despontam, sobretudo, na gestão do consumo de água e de energia elétrica, assim como na otimização do uso de espaços no prédio. São leituras, controles e iniciativas tomadas pelo próprio prédio, sem a intervenção direta de pessoas.
Assim, a identificação de vazamentos de água e escapes de energia reduzem o consumo desses recursos. Do mesmo modo, o aproveitamento da luz natural com abertura e fechamento de persianas ou o desligamento de luzes deixadas acesas, por exemplo, otimizam sua utilizam.
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Integração por Internet das Coisas
A internet das coisas (IoT) integra objetos do dia a dia com os sistemas computacionais do prédio via web. Assim, celulares, eletrodomésticos, interruptores, portas e janelas (na verdade, qualquer coisa que puder se conectar via internet) podem interagir viabilizando soluções de conforto, autonomia e economia de tempo e recursos.
Além disso, os próprios equipamentos do prédio como alarmes, bombas, medidores de água e os sistemas de iluminação, entre outros, estão interligados e trocando informações. A utilização dessas informações na garantia de segurança e na solução de problemas é que caracteriza o edifício inteligente.
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Automação e inteligência artificial
A automação ocorre quando processos são iniciados a partir de uma determinada configuração para ocorrer em determinado tempo ou circunstância. A inteligência artificial, por sua vez, é a manifestação de sistemas computacionais tomando decisões autônomas a partir da avaliação de dados coletados.
Tanto uma como outra estão a serviço dos edifícios inteligentes agilizando soluções para problemas que sequer eram conhecidos. O sistema detecta a condição irregular, por exemplo, e providencia medidas de correção, ao mesmo tempo em que informa ao gestor responsável para que saiba o que aconteceu.
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Prevenção de acidentes
Dentro do espírito de conforto e segurança que orienta a concepção dos smart buildings, destaca-se o efeito de prevenção de acidentes, tanto materiais quanto pessoais. Com sensores e câmeras fornecendo dados exatos e sem a suscetibilidade dos erros de interpretação, os mecanismos de segurança podem ser mais precisos e eficientes.
Um exemplo típico é o controle da segurança de elevadores, nos deslocamentos e paradas, assim como no abrir e fechar de portas. Também constituem referências significativas os controles de incêndio e de gestão da rede elétrica instalada.
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Maior conforto e qualidade de vida
Temperatura, umidade, ventilação e luminosidade, por exemplo, constituem grandezas cuja precisão de controle pode propiciar muito mais conforto para os ocupantes dos edifícios inteligentes. Além da possibilidade de integração com o aparelho celular para inúmeras funções, existe ainda a autonomia do próprio edifício na gestão das áreas comuns.
Oferecendo melhores condições ambientais internas, além de mais segurança, pessoas idosas são particularmente beneficiadas, especialmente por serem mais sensíveis. Nesse sentido, sensores para abrir e fechar portas, assim como acender e apagar luzes, entre outros, facilitam muito para essas pessoas, principalmente quando moram sozinhas.
Conhece esses edifícios inteligentes?
Edifícios inteligentes estão por todo o mundo. Conheça agora 3 deles e as tecnologias que os fizeram destacar-se.
Edifício Bolsa de Imóveis do Estado de São Paulo, São Paulo
Para os padrões de smart buildings brasileiros, este é um dos fortes candidatos no país. O prédio é todo automatizado e acompanhado por câmeras de segurança por todo lado. Do mesmo modo, sensores de fumaça e de calor estão em todo o prédio.
O visitante recebe um crachá magnético na entrada e sua circulação fica limitada ao que foi autorizado, sendo impedido por catracas. Sensores nos registros hidráulicos, por exemplo, acusam sua utilização, assim como as portas de emergência.
Taipei Financial Center (Taipei 101), Taiwan
Entre os edifícios com certificação Leed (certificação internacional para construções sustentáveis), este é o maior. Nele existem, por exemplo, 3.400 dispositivos capazes de desligar os aparelhos de ar condicionado se detectarem que não há mais ninguém no ambiente. É utilizado apenas para escritórios comerciais.
The Gate’s Home Washington
Este é considerado um dos mais inteligentes smart buildings do mundo. Sua capacidade inclui lembrar-se até de escolhas pessoais dos ocupantes. Todos os cômodos são programados para reagir às opções de cada morador como música, temperatura e luminosidade.
Edifícios inteligentes já se apresentaram há alguns anos e agora convidam os engenheiros a pensarem os seus projetos com essa característica. Algumas poucas empresas estão prontas e com expertise para esse fim.
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