A identificação de riscos na construção civil permite que engenheiros e gestores detectem as situações que podem causar prejuízos ou danos à empresa e aos seus colaboradores. Identificar os riscos significa erradicar ou diminuir os acidentes mais recorrentes nos canteiros de obras, bem como cumprir as exigências das Normas Regulamentadoras (NRs).
No caso do Brasil, a gestão de riscos merece atenção especial. O país ocupa posição de destaque no ranking de óbitos durante as atividades laborais. Nesse cenário, nada mais importante do que reduzir as ameaças e garantir a segurança durante as construções.
Por isso, preparamos para você um artigo com as principais informações sobre a identificação de riscos na construção civil. Confira!
Principais riscos nas obras
Os riscos na construção civil (como nos demais segmentos) podem ser classificados segundo os grupos indicados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. A saber, riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. No caso das obras, existem alguns riscos mais recorrentes. Veja quais são:
- choques elétricos;
- quedas de nível (trabalho em alturas);
- utilização de ferramentas e máquinas sem proteção adequada;
- ausência de atenção e desorganização no canteiro de obras;
- quedas de materiais;
- alergias e problemas respiratórios;
- exposição a corpos estranhos (insetos e outros animais);
Frente essas vulnerabilidades, engenheiros, gestores e demais colaboradores devem permanecer atentos em todas as etapas de execução do projeto, para garantir o máximo de segurança possível.
Importância do monitoramento
Após a classificação e identificação dos riscos, é preciso realizar o monitoramento da obra para garantir o sucesso das operações e a eficiência do projeto. Para isso, existem dois métodos: proativo e reativo e cada um deles tem suas especificidades. Entenda melhor!
No método proativo são empregadas ações preventivas de eliminação e redução dos acidentes, tais como fiscalizações e vistorias. Durante a rotina de trabalho, elas são as principais responsáveis pela identificação das ameaças. Nesse modelo, são utilizados indicadores de análises preventivas a fim de desenvolver soluções para problemas futuros.
No sistema reativo, por sua vez, é feita a avaliação e o acompanhamento dos acidentes e incidentes ocorridos. Simultaneamente, são desenvolvidas e aplicadas as medidas necessárias.
Atuação do engenheiro
As vistorias para a identificação de riscos na construção civil fazem parte da atuação do engenheiro. Para assegurar que tudo ocorrerá conforme o planejado na execução da obra, recomenda-se que o profissional responsável verifique o cumprimento das Normas Regulamentadoras (NRs) e se mantenha atento ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs).
Além disso, é interessante que ele crie e acompanhe a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – NR 5), promova capacitações e treinamentos relacionados à rotina laboral e viabilize o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT – NR 4).
Não é só! O Diálogo Diário de Segurança (DDS) também é uma ótima ferramenta de redução de acidentes e riscos.
Cuidados para a identificação de riscos
Alguns cuidados facilitam a identificação de riscos e aumentam a segurança no canteiro de obras. As vistorias devem ser realizadas cotidianamente para verificar a presença de vulnerabilidades.
Dessa maneira, é possível elaborar um plano de contingência para neutralizar as ameaças ou reduzir os impactos, quando ocorrer a materialização dos riscos.
Ao analisar o local de trabalho, vale a pena aproveitar para inspecionar os materiais utilizados, tais como insumos, estruturas, ferramentas e máquinas. Outro aspecto a ser observado é a execução das tarefas por parte dos colaboradores. Durante a jornada de trabalho eles devem utilizar os EPIs adequados ao trabalho em andamento.
Neste artigo você viu como é a atuação do engenheiro na identificação de riscos na construção civil, quais cuidados são necessários e qual a importância do monitoramento, não é mesmo? Agora é hora de ir a campo e colocar o conhecimento adquirido em prática!
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