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GLP ou Gás Natural: qual opção escolher para o meu empreendimento?

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GLP ou Gás Natural: qual opção escolher para o meu empreendimento?

O GLP (gás liquefeito de petróleo) ainda é o mais comum de se encontrar nas edificações do país. Porém, em abril deste ano (2021) uma Nova Lei do Gás Natural (nº 14.134) foi sancionada no Brasil. Com ela, a proposta de incentivar um mercado aberto, dinâmico e competitivo.  

Com a nova lei, a expectativa é que a rede canalizada de gás natural (GN) seja fortemente ampliada nos próximos anos. Por isso, reunimos neste conteúdo algumas informações importantes sobre as diferenças e impactos do GLP e o GN e qual a diferença nas instalações e equipamentos.

O que é o Gás Natural (GN)?

O Gás Natural (GN) é um combustível fóssil encontrado na natureza e composto de hidrocarbonetos leves, predominantemente o metano. Ele é mais leve que o ar e se dissipa facilmente em caso de vazamentos. É fornecido através de uma rede de distribuição subterrânea e dentro do edifício sempre se encontra na fase gasosa, medido em m³.

Gás Natural | Créditos da imagem: industriahoje.com.br

O que é o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)?

O GLP é uma mistura de hidrocarbonetos (butano e propano) produzida a partir do petróleo. No caso de vazamentos, por ser mais pesado que o ar, o gás pode acabar se acumulando próximo ao chão. 

O GLP, popularmente conhecido como “gás de cozinha”, pode ser fornecido através de botijões trocáveis (P13 e P45) ou por abastecimento no local (B190 e B500). O abastecimento é realizado por caminhões através de mangueiras que se estendem até os tanques. 

Durante o abastecimento o gás está na fase líquida, por isso ele é cobrado pela companhia em kg. Esse GLP líquido se vaporiza dentro do tanque para ser consumido nos apartamentos na forma gasosa.

Abastecimento da Central de Gás | Créditos da imagem: ultragaz.com.br

Principais diferenças?

GN GLP
Composição Metano Butano e Propano
Peso específico Mais leve que o ar Mais pesado que o ar
Fornecimento Rede Encanada Tanques trocáveis ou tanques fixos abastecidos por caminhões
Preço Controlado pelo governo Livre concorrência
Medição em m³ Em kg
Poder calorifico 9.400 kcal/m³ 11.500 kcal/kg

Tubulações

As normas de referência da ABNT (NBR 15526:2012 Versão Corrigida:2016) bem como, no caso de Santa Catarina, a instrução normativa 008 do Corpo de Bombeiros Militar determinam que as tubulações atendam tanto ao gás natural quanto ao GLP.

Apesar da NBR ser uma norma nacional, vale confirmar as informações da legislação do Corpo de Bombeiros de cada estado.

Medidores de gás individuais

Praticamente todos os medidores de gás do mercado são bicombustíveis, ou seja, funcionam tanto para Gás Natural como para GLP. A quantidade de gás consumida é medida em metros cúbicos.

Porque eu pago meu gás GLP em kg se ele é medido em metros cúbicos?

Como citamos, as companhias de GLP entregam o gás na fase líquida, por isso cobram por peso e o volume de gás na fase líquida é menor do que na fase gasosa. Como a medição individual é feita na fase gasosa, ela é em metros cúbicos. O condomínio então faz a transformação e cobra proporcionalmente conforme o consumo de cada morador.

Qual o espaço necessário?

Uma das vantagens do Gás Natural em relação ao GLP é a forma como ele é entregue à edificação. Como ele é distribuído por uma rede subterrânea é necessário um espaço para uma Estação de GN com o objetivo reduzir e limitar a pressão de entrada do gás natural ao consumidor. Além disso, também fará a medição do volume de gás transferido. 

Essa estação utiliza um espaço menor do que uma central de GLP. 

Por exemplo:

Imagine um edifício com 12 apartamentos utilizando fogão e aquecedor com consumo de aproximadamente 30 kg/h. Seriam necessários 2 tanques B190 de GLP. A central de GLP para esse caso ocuparia um espaço de aproximadamente 3 m², enquanto a estação de GN de 1 a 1,5 m².

A central de GLP ainda precisa respeitar um certo afastamento da edificação, que varia de acordo com o volume de gás armazenado. Para a estação de GN não há exigência de afastamento.

Central de Gás Natural | Créditos da Imagem: condomíniosc.com 

Fogões e lareiras

A maioria dos fogões e lareiras mais novos já são bicombustíveis. No caso dos equipamentos mais antigos, que são só de GLP, é necessário fazer uma pequena adaptação nas passagens de gás. Isso possibilita uma vazão um pouco maior, já que é necessário um pouco mais de GN em relação ao GLP para gerar a mesma quantidade de calor.

Aquecedores de água

Os sistemas de aquecimento de água são um pouco mais complexos, pois necessitam de uma precisão maior em relação a temperatura de saída da água. A maioria dos sistemas são ou de Gás Natural ou GLP. Apesar disso, boa parte destes equipamentos possuem kits originais à venda para fazer a conversão de um sistema para o outro. O valor deste kit varia de acordo com o modelo, porém a maioria gira em torno de R$300,00.

Como é definido o preço do GN?

No caso de Santa Catarina, por exemplo, o GN é fornecido pela SCGÁS, uma companhia estatal com participação privada. A nova legislação do GN quer incentivar a ampla concorrência de fornecedores, o que, consequentemente, deve impactar na venda do gás e em uma redução do valor.

Como é definido o preço do GLP?

O GLP é fornecido por diversas companhias e tem preço definido pela livre concorrência. A variação de preço entre fornecedores pode ser de até 20% e, desde o ano passado, o aumento do GLP tem assustado os consumidores.

 O que vale mais a pena, Gás Natural (GN) ou GLP?

Na maioria das cidades o Gás Natural é proporcionalmente mais barato que o GLP. Para saber exatamente qual é mais barato, é preciso usar um fator de conversão, já que é necessário mais Gás Natural do que GLP para gerar a mesma quantidade de calor.

A proporção correta entre os dois é de 1,26m³ de GN para 1kg de GLP. Por exemplo, se o GN custar R$ 3,00/m³ e o GLP custar mais que R$ 3,78/kg o GN vale mais a pena. Porém, se custar menos, o GLP é a melhor escolha.

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