Cada dia mais, iniciativas sustentáveis e preocupação com os recursos naturais do mundo se tornam obrigação. Entendemos a importância deste tema e a dificuldade que diversos construtores enfrentam para obter mais informações sobre sistemas compactos de tratamento que possam ser aplicados em seus edifícios, quando a rede coletora de esgoto não é uma alternativa. Pensando nisso, pedimos para os nossos parceiros da EBIO Tecnologia Ambiental escreverem esse texto sobre estação de tratamento de efluentes compacta.
O que é uma estação de tratamento de efluentes compacta?
Uma Estação de Tratamento de Esgoto Doméstico pode ser definida como um conjunto de etapas segmentadas, desde o tratamento preliminar até a desinfecção do efluente. A finalidade é transformar o esgoto em uma água com qualidade suficiente que possibilite sua emissão em cursos d’água, sistemas de drenagem pluvial ou sumidouros, causando um impacto ambiental mínimo.
Tradicionalmente, essas estações são grandes, demandam de altos investimentos públicos, e projetos complexos de engenharia para rede coletora e estação. (modelo centralizado de tratamento)
Com muito estudo, testes e troca de informações, a EBIO desenvolveu uma estação compacta de tratamento de esgoto, cujo o principal objetivo é prover um sistema de tratamento em uma escala reduzida quando comparado a grandes estações.
O sistema possuiu mais simplicidade operacional e muitas vezes eficiência superior. São sistemas que possuem todas as etapas necessárias de tratamento, desenvolvida em uma escala compatível com a demanda do empreendimento.
A área ocupada pela estação de tratamento de efluentes compacta é extremamente reduzida. Por isso, ela é comumente alocada no mesmo terreno do próprio condomínio, podendo ser instalada no subsolo ou na superfície.
Como funciona a estação de tratamento de efluentes compacta?
O tratamento é predominantemente biológico. As estações da EBIO trabalham com um método chamado SBR – Reator Sequencial em Bateladas. Esse processo funciona da seguinte forma:
- Um tanque chamado de buffer, recebe toda carga de esgoto bruto e já inicia o tratamento preliminar, onde o efluente é equalizado, e parte da matéria orgânica é degradada.
- Quando o esgoto atinge um nível predeterminado do buffer, inicia a transferência do efluente para o Reator Biológico por um sistema de elevação hidráulica (airlift). Nesta etapa ocorrem as principais reações de transformação.
- O reator conta com um sistema de aeração por difusores de microbolhas no fundo do tanque, e de forma intercalada, o efluente é submetido à fase de aeração e a de carência de oxigênio.
- Esse ciclo cria um ambiente perfeito para o desenvolvimento de micro-organismos, atuando na degradação e aglutinação da matéria orgânica em flocos. Quando cessada a injeção de oxigênio no meio, esses flocos, por gravidade, tendem a decantar e acumular no fundo do tanque, formando o que chamamos de “lodo ativado”. Nesse período também acontece a remoção de alguns nutrientes indesejáveis como Nitrogênio e Fósforo.
- Os ciclos são automatizados e programados de acordo com as características de cada empreendimento. Após essa etapa no Reator Biológico estar completa, inicia a fase que chamamos de “Descarga”, onde todo meio líquido do reator biológico é transferido através do mesmo sistema anterior (airlift) para um compartimento de desinfecção.
- Nessa etapa é comum a utilização de cloro, mas existem outras alternativas disponíveis como Ultra Violeta (UV) e gás ozônio, que podem ser empregadas. A escolha do método de desinfecção é determinada de acordo com a necessidade de cada empreendimento e de quão “polido” o empreendedor necessita o seu efluente final, podendo inclusive, optar pelo reuso do efluente tratado no próprio edifício.
- O lodo ativado, formado no reator biológico, rico em bactérias, retorna para o buffer através do sistema de airlifts, auxiliando no processo de tratamento preliminar. E assim, reinicia o ciclo.
Quais as premissas para a instalação de uma ETE compacta? É obrigatório?
Os condomínios que demandam de estações compactas de tratamento, são principalmente os que estão situados em regiões que não possuem rede coletora de esgoto municipal. Por isso, é exigido pelos órgãos ambientais, um tratamento individualizado.
É importante destacar que muitas regiões já não permitem mais empregar sistemas antigos de fossa e filtro, que possuem baixos índices de eficiência de tratamento, e alto nível de poluição ambiental.
Outra vertente muito interessante, são condomínios e empreendimentos que optam por uma “pegada” de sustentabilidade, e decidem então, por alternativas que ajudem a diminuir seu impacto ambiental.
Quais as vantagens de uma ETE compacta?
Em primeiro lugar, o principal ponto é a garantia de que todo o esgoto gerado pelos ocupantes do condomínio, está sendo devidamente tratado. Esgoto coletado não é esgoto tratado. Ao contrário do que se pensa, quando a região do condomínio é contemplada com rede coletora municipal, não significa que necessariamente esse efluente está sendo tratado de maneira devida.
Dessa forma, algumas variáveis podem colocar em xeque esse processo, como possíveis defeitos na rede coletora, perda de esgoto para o subsolo e lençol freático, problemas operacionais na estação de tratamento municipal que podem comprometer o recebimento e tratamento de toda rede abrangida, entre outros.
Isso significa que o risco ambiental/sanitário e operacional de uma ETE compacta é muito menor quando comparada a esses modelos centralizados de tratamento. Da mesma forma, as variáveis de controle também são significativamente facilitadas em modelos compactos.
Outra questão muito importante, é a facilidade de instalação desses sistemas compactos. O processo é ágil e simples. As estações da EBIO, por exemplo, costumam ser instaladas em apenas um dia, para projetos maiores, esse tempo pode variar um pouco.
Aliada a essa facilidade, outra vantagem que tem grande peso, é a baixa e fácil manutenção desse sistema, que no caso da EBIO, não possui componentes elétricos imersos no esgoto e qualquer intervenção pode ser realizada pelo lado de fora e no painel de controle.
Meio líquido do reator biológico | Efluente Tratado
Um olhar para o futuro
Quando o assunto é esgoto, de forma intrínseca estamos tratando de água, um bem que dispensa comentários. O caminho da sustentabilidade é um rumo sem volta, cada dia percebemos com mais avidez, que os caminhos trilhados no passado já não servem mais. Ou seja, preservação ambiental e controle sanitário não é moda, é questão de sobrevivência, uma pandemia mostra isso abruptamente.
A própria economia circular traz vários conceitos que são imprescindíveis para nossa sobrevivência nesse século: reutilizar, redesenhar, ressignificar, recircular. Por isso, o reuso de água já é uma realidade, a cobrança pelos recursos naturais, inevitavelmente, ficará cada vez mais onerosa.
Reuso significa economia financeira, preservação ambiental e consciência social. A EBIO acredita muito nessa realidade, e é por isso que emprega essas alternativas no mercado, sempre com o objetivo de um mundo melhor.
Caso tenha dúvidas sobre o funcionamento e a implantação deste sistema para o seu empreendimento, é só clicar aqui!
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